O público precisa interagir com as empresas e, para isso, as marcas devem investir em estratégias que chamem a atenção dos consumidores. Uma das ações mais eficazes é conhecida como storytelling.
Trata-se de uma estratégia que envolve uma história, sendo uma técnica inspirada em escritores e roteiristas para transmitir uma mensagem ao público.
Para funcionar, precisa de elementos específicos de uma narrativa, como personagem, mensagem, conflito e ambiente. Também é fundamental que o evento tenha começo, meio e fim, assim, a mensagem é transmitida do jeito certo.
Mais do que isso, ela chega ao público e se torna inesquecível, e o storytelling se mostra como um grande diferencial porque consegue transmitir uma mensagem. Entretanto, para funcionar, é essencial desenvolver algumas habilidades.
Existe uma grande quantidade de conteúdos disponíveis na internet e as pessoas são submetidas a uma extensa carga de informação 24 horas por dia. No meio de tudo isso, a marca precisa encontrar sua voz e transmitir uma mensagem.
O storytelling ajuda nesse sentido e permite que o negócio se destaque, por isso, este artigo vai mostrar os principais elementos de uma história emocionante, como usar a técnica para aumentar o engajamento e quais são as melhores práticas.
Elementos de uma história emocionante
Uma narrativa, como o próprio nome sugere, é a narração de uma história que se constrói em cima de uma sequência de fatos compatíveis com a narrativa.
Na hora de criar uma história, muitos se perguntam sobre os elementos da narrativa, visto que eles precisam estar presentes. Para esclarecer de vez essa dúvida, abaixo estão os elementos que precisam estar presentes:
- Enredo;
- Narrador;
- Personagens;
- Tempo;
- Espaço.
Supondo que uma empresa queira contar a história de uma pessoa que realizou o sonho de construir uma piscina de alvenaria em quintal pequeno, primeiro precisa desenvolver o enredo, ou seja, o tema da história.
Ele guia as ações e reações dos personagens, podendo ser linear ou não linear. Também pode ser mais psicológico e focado no pensamento do personagem.
O narrador é quem conta a história e tem a função de relatar os acontecimentos. Também pode ser um personagem, ou seja, aquele que conta a história e participa dela ao mesmo tempo.
O narrador-observador não participa da narrativa e apenas relata os acontecimentos, por outro lado, o narrador-onisciente é aquele que sabe todos os fatos da história, mesmo não participando dela.
Os personagens dão vida ao que está sendo contado e podem ser principais ou secundários. O personagem principal é o mais importante e a história costuma ser centrada nele.
O personagem secundário, por sua vez, não é destaque, embora tenha um papel fundamental para que a narrativa seja mais fluida.
O tempo determina o período em que as coisas acontecem, podendo ser cronológico ou psicológico. Se uma companhia que oferece serviços de portaria criar uma ordem cronológica, significa que sua história segue uma ordem de acontecimentos.
Por outro lado, se o tempo for psicológico, não seguirá uma linearidade. Além disso, a narrativa também precisa de um espaço, portanto, o local onde tudo acontece, podendo ser físico ou psicológico.
O local físico remete a qualquer espaço que as pessoas conhecem, como uma cidade, uma casa, entre outros. O local psicológico, contudo, é o ambiente interior do personagem. É quando ele compartilha seus pensamentos e sentimentos.
Juntos, tempo e espaço representam o contexto da história e são fundamentais para a compreensão do leitor.
Como usar o storytelling?
As corporações podem usar o storytelling para aumentar o engajamento do público. Para isso, é necessário seguir alguns passos, como:
Entender o público-alvo
Para criar histórias capazes de engajar o público-alvo, primeiro é necessário conhecer o perfil desse público. Uma entidade que faz conserto de TV próximo a mim deve realizar uma análise demográfica para identificar aspectos como:
- Idade;
- Gênero;
- Localização;
- Interesses.
Essas e outras informações relevantes vão direcionar melhor a narrativa para que ela seja mais assertiva, levando em conta as necessidades, expectativas e desejos da audiência.
Definir um objetivo
Antes de criar a narrativa, é necessário estabelecer um objetivo. A marca pode educar seu público, vender um produto ou serviço, motivar as pessoas, entretê-las, inspirá-las, entre outras possibilidades.
Determinar um objetivo é necessário para manter o foco e fazer com que a história seja envolvente e relevante.
Criar a estrutura da narrativa
Como mostrado no tópico anterior, a narrativa precisa contar com alguns elementos essenciais, além disso, ela também precisa de um conflito e uma resolução.
Essa estrutura gera identificação por parte do público e faz as pessoas se envolverem emocionalmente com o personagem e a história em si.
O protagonista precisa ser interessante e cativante, alinhado ao perfil do público. O conflito representa o desafio enfrentado por ele, por exemplo, a necessidade de proteger o filho de acidentes domésticos em casa.
Com isso, a marca traz uma solução, como cercado de PVC para bebê, pois além de resolver o problema do personagem, ainda consegue promover seu produto.
Usar técnicas eficientes
Existem técnicas narrativas que potencializam o storytelling e aumentam o engajamento. Uma delas é a surpresa, pois envolve reviravoltas e elementos inesperados que prendem a atenção do leitor.
A identificação desenvolve personagens com características e situações com as quais as pessoas se identificam, sendo importante para gerar empatia e conexão emocional.
Por fim, o suspense ajuda a construir tensão e expectativa ao longo de toda a narrativa. Serve para prender o público e fazer com que continuem acompanhando a história até seu desfecho.
Escolher um formato
O storytelling pode ser desenvolvido em diferentes formatos, como apresentações, imagens, áudio, vídeo, texto, entre outros.
Dessa forma, uma companhia de locação de equipamento de som para auditório deve escolher o formato mais apropriado às características do público-alvo e ao storytelling.
Os canais de comunicação também devem ser levados em consideração, visto que a história pode ser veiculada nas redes sociais, blog institucional, site, e-mail, entre outros.
Práticas que emocionam e engajam
Para que a estratégia seja capaz de emocionar e engajar as pessoas, a marca deve trabalhar em cima de algumas práticas.
Uma delas é levar o leitor de um ponto a outro, pois embora histórias sem final ou uma ordem cronológica funcionem muito bem em filmes e livros, esse modelo não é indicado quando existe um objetivo ou uma mensagem que precisa ser transmitida.
O ideal é usar uma estrutura simplificada com introdução, desenvolvimento e conclusão, dessa forma, a história consegue conduzir o leitor ao longo dos acontecimentos.
Para isso, um fabricante de aglutinador reciclagem deve investir em boa escaneabilidade e saber encadear as ideias. Isso transforma o texto em um obstáculo que será superado pelo herói.
Qualquer tipo de história pode ser criada, mas isso vai depender do que a companhia vai oferecer para o público. Mas para que a narrativa seja boa, é fundamental escolher um tema relevante que apresente os problemas que serão resolvidos.
Os leitores gostam de ser surpreendidos, assim, vale a pena usar alguns recursos, como um plot twist e quebrar as expectativas.
Transmitir sensações positivas também é importante porque, de acordo com um artigo publicado pela Scientific American, histórias capazes de estimular emoções positivas são mais compartilhadas do que as que desencadeiam sentimentos negativos.
Além disso, conteúdos que produzem mais excitação emocional também viralizam mais. Diante disso, até mesmo uma empresa de limpeza deve estimular o público a ir até o fim da história com sentimento positivo.
Isso não significa falar apenas de coisas boas e ignorar problemas, pois o objetivo principal é apresentar uma solução que esteja relacionada aos produtos e serviços oferecidos.
Outro ponto importante é não contar histórias romantizadas, e isso porque uma das principais vantagens do storytelling é se conectar com o leitor.
Se a marca romantizar uma história, pode suavizar ou comprometer o conflito e isso faz com que todos os acontecimentos se desenrolem com muita facilidade. Como resultado, pode dificultar a identificação do leitor porque está fora da realidade.
O storytelling de um consultório de terapia alimentar infantil deve ser inesquecível e fugir de narrativas que lembram as comédias românticas.
Outra dica é evitar personagens rasos e superficiais, pois se o protagonista for muito simplificado ou genérico, dificilmente o público vai simpatizar com ele.
Um herói de verdade possui virtudes e pontos fracos que enriquecem a trama e caminham ao lado do conflito.
Considerações finais
Criar conteúdos é uma necessidade para qualquer empresa hoje em dia, visto que o consumidor moderno está sempre em busca de informações.
A internet é um mar de conteúdos, por essa razão, a companhia precisa saber se destacar e chamar a atenção dos usuários.
Uma das melhores técnicas para fazer isso é o storytelling, pois as narrativas envolvem emocionalmente o público.
Para funcionar, basta usar os elementos certos, usar técnicas capazes de engajar a audiência da marca e gerar identificação.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.